Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte

Nossa História

As primeiras pesquisas desenvolvidas no campo da Arqueologia na Unicamp foram lideradas pela arqueóloga Niède Guidon, na década de 1980. Conhecida pelo seu pioneirismo, Guidon atuou como pesquisadora visitante no Núcleo de Pesquisas Arqueológicas (Nipar), entre 1986 e 1991. 

 

Logo em seguida, com a entrada do professor Pedro Paulo A. Funari, em 1992, na Unicamp, as pesquisas arqueológicas ganharam destaque na academia e no campo social e político. Com as escavações arqueológicas no Quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, no atual Estado de Alagoas, tornava-se evidente que a Arqueologia é um tema político e de grande importância social. 

 

Funari foi fundamental para a formação de novos pesquisadores que atualmente integram instituições públicas de pesquisa nacionais e internacionais. Suas pesquisas abriram campos teóricos e metodológicos para a Arqueologia Brasileira e inauguraram uma nova fase para a Arqueologia na Unicamp. 

 

O tema da Arqueologia Pública, por sua vez, foi aberto na Unicamp em 2005, com a publicação da Revista de Arqueologia Pública, e com a constituição, em seguida, do Laboratório, ligado ao Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE), em 2006, com instalações no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

 

Para o grupo de pesquisadores ligados à instituição, a Arqueologia deveria ser atuante junto à sociedade como um todo. Portanto, o conhecimento deveria ser construído de forma democrática e dialogada. 

 

Já em 2007, a partir de um acervo constituído com empresas privadas, estagiários, estudantes de graduação e pós-graduação e doutores passaram a colaborar nas atividades do laboratório.

 

O Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte passou a integrar o Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM/Unicamp), em fins de 2009. Uma grande conquista institucional foi a abertura de um concurso público para Pesquisador no campo da Arqueologia Pública, atualmente ocupado pela Pesquisadora Aline Vieira de Carvalho. 

 

No NEPAM, o LAP insere-se nas pesquisas e discussões sobre ambiente e sociedade, dedicando-se às pesquisas sobre mudanças climáticas e patrimônios, memórias da resistência, arqueologia pública, entre outros. 

 

A Revista Arqueologia Pública mantém-se como um quadro referencial para os debates teóricos e metodológicos no campo da Arqueologia brasileira e internacional. Para conhecê-la, acesse: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/issue/archive

 

 

O nome do LAP – Paulo Duarte – é uma homenagem ao humanista e arqueólogo Paulo Duarte (1899 – 1984), que se engajou na luta pela preservação do patrimônio arqueológico brasileiro e foi duramente perseguido pela Ditadura Militar no país. Para saber mais sobre o intelectual, http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300679569_ARQUIVO_Anpuh-Final.pdf

um pouco da Nossa História

1980
Arqueologia na Unicamp
Arqueologia na Unicamp

A Arqueologia na Unicamp teve desenvolvimento precoce. Já na década de 1980, a arqueóloga Niède Guidon atuou no Núcleo de Pesquisas Arqueológicas – Nipar, entre 1986 e 1991, como pesquisadora visitante, com particular destaque na interação com a comunidade e na difusão de temas arqueológicos para o grande público.

1992
Pesquisas Arqueológicas
Pesquisas Arqueológicas

Com a entrada do professor Pedro Paulo A. Funari, em 1992, pesquisas arqueológicas desenvolveram-se também com grande impacto social e político, com escavações em Palmares, mas também e em particular no âmbito do World Archaeological Congress, na formação de quadros arqueológicos qualificados, que hoje ocupam posição de liderança no Brasil e no estrangeiro, sempre com a marca da pesquisa de ponta, bem inserida na ciência internacional e preocupada com as questões sociais e políticas.

2005
Revista de Arqueologia Pública
Revista de Arqueologia Pública

A Arqueologia Pública, por sua vez, iniciou-se na Unicamp em 2005, com a publicação da Revista de Arqueologia Pública, e com a constituição, em seguida, do Laboratório, ligado ao Núcleo de Estudos Estratégicos – NEE – em 2006, com instalações no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

2007
Acervo
Acervo

Já em 2007, com acervo proveniente de parcerias, estagiários, estudantes de graduação e pós-graduação e doutores passaram a colaborar com suas atividades.

2009
Nepam
Nepam

O Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte passou a integrar o Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, em fins de 2009.

NOSSA HISTÓRIA

O Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte, ou, simplesmente LAP, entende a Arqueologia Pública como um campo político que permite a construção de diálogos entre as especificidades produzidas no interior da Arqueologia e as comunidades. Mas, longe de sugerir a existência de dicotomia entre a Arqueologia e a sociedade, o LAP propõe uma interação fluída e dinâmica entre a ciência arqueológica e os universos nos quais ela está inserida.

 

Esses diálogos não se restringem às reflexões sobre práticas arqueológicas. Ampliam-se para as interfaces entre a Arqueologia e a sociedade como um todo, abarcando temas como ambiente, memória, patrimônio, usos e construções do passado, direitos humanos, entre muitos outros que são trabalhados em projetos desenvolvidos no Laboratório.

 

O LAP reúne pesquisas acadêmicas que investigam temas relativos aos contextos da Antiguidade ao Mundo Contemporâneo. A especificidade destas investigações encontra-se na escolha teórica e metodológica de traçar embates entre categorias documentais distintas: textos escritos, fontes orais, materialidades, entre outros grupos de documentos, são usados para a análise de questões sobre identidades, subjetividades e gênero.